A 26ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) chegou ao fim no último domingo, 15 de junho de 2025, com uma cerimônia de premiação realizada no Teatro São Joaquim, na histórica cidade de Goiás. Durante o evento, os filmes vencedores foram celebrados, e a edição deste ano teve como homenageados o cantor Juraíldes da Cruz e o estilista Ronaldo Fraga. O festival foi transmitido pela TV Brasil Central, trazendo à tona as conquistas do evento.
Com um investimento histórico de R$ 6,1 milhões, o governo de Goiás impulsionou o Fica, promovendo maior integração com a cidade de Goiás. Segundo a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, esse aporte financeiro permitiu não apenas uma maior participação dos moradores e comerciantes locais, mas também gerou emprego e renda para a região. “O Festival conseguiu envolver mais a cidade e foi uma grande oportunidade para o comércio local”, afirmou Nunes.
Premiação do Fica 2025
O Fica 2025 é tradicionalmente dividido em várias mostras, e os premiados deste ano foram escolhidos entre filmes que abordam temas ambientais e sociais com forte engajamento cultural.
Na Mostra Washington Novaes, o Prêmio Fiocruz de Saúde e Meio Ambiente foi para o filme “Mãos à Terra”. A produção que mais se destacou foi “Tijolo por Tijolo”, que recebeu várias premiações por sua abordagem sensível sobre uma família simples que luta para manter vivos seus sonhos.
O Prêmio Júri Popular foi concedido ao filme “Encontro das Águas”, que retrata a história do povo quilombola do Moinho, na Chapada dos Veadeiros, evidenciando sua luta e resistência. Já o Prêmio de Melhor Curta ou Média Metragem foi para “Mares da Noite”, que narra a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul e os desafios enfrentados pela comunidade afetada.
O Prêmio de Melhor Produção Goiana foi para “Entre Cinzas”, que traz à tona a luta de personagens que defendem o Cerrado, patrimônio natural de Goiás.
O festival também incluiu, pelo segundo ano consecutivo, a Mostra de Cinema Indígena e dos Povos Tradicionais. O prêmio de Melhor Curta ou Média Metragem dessa mostra foi para “Sukande Kasáka – Terra Doente”, enquanto o Melhor Longa Metragem foi para “Originárias”, um documentário que explora as tradições e a resistência dos povos indígenas.
A edição de 2025 do Fica reforçou a importância do cinema ambiental como uma poderosa ferramenta de conscientização e mobilização sobre questões sociais e ecológicas.